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Tinham em mãos uma rede especial para prender o negrinho. Foi aí que começaram a investida. Mas o menino, esperto que só, começou a gingar na água. Dava martelo, meia-lua, queixada, tapona e rabo de arraia.

Por fim, deu uma gargalhada gostosa e disse:

— Aqui não! Sou o negrinho d’água. Até mais!

Pegou o cocar que flutuava e fugiu.

Depois daquele dia, o índio continuou tentando capturá-lo, mas era em vão. Acabou morrendo sem ter o seu cocar de volta.

Dizem que até hoje, os pescadores da região do Rio Abaixo, volta e meia, ficam assombrados com o vulto do negrinho. Muitos já tentaram em vão capturá-lo.

Contam que suas gargalhadas são ouvidas pelos que passam por esta região.

Fim
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